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19/04/2013

cena 2



o braço esquecido deu agora lugar à mão esquecida pousada no balcão.
o braço esquecido esquece-se dentro da camisa aos quadrados

azul-céu

aprisionado num balcão de café.

lá fora (es)corre-se a vida em três cruzamentos. um instante
em que já não está

 o rio,

num longe-perto, um azul-noite líquido, esvaído em cintilantes monotonias

recolhidas

as minhas agonias
ai de mim


(maria)